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domingo, 9 de maio de 2010

CONCURSO DE POESIA

PRÉMIO AURÉLIO FERNANDO


A Oficina de Poesia e a Biblioteca do Externato Delfim Ferreira entregaram, na passada sexta-feira, dia 30 de Maio, os prémios da primeira edição do Concurso de Poesia – Prémio Aurélio Fernando.
A cerimónia decorreu no seu já habitual “Púcaros de Poesia”, este ano dedicado ao fundador e homenageado da noite, o Poeta Aurélio Fernando.
Os vencedores e os poemas premiados foram os seguintes:
1º Prémio – “Sou Assim”, de Luís António Silvestre de Mota Filipe
2º Prémio – “O Amor de Poesia”, de João Pedro dos Santos Marques
3º Prémio – “Mãe”, de Domingos Miranda Ferreira

Poemas:

SOU ASSIM

Eu…

Sou gaivota rasgando o céu,
Livre, solta, endoidecida,
Em busca de um sonho meu,
Duma enorme paixão vivida;

Sou o Rio, espelho d`água,
Correndo sem me cansar,
Esquecendo a dor e a mágoa,
P`ra na voz do amor partilhar;

Sou papoila que agita,
A bailar ao som do vento,
Amando este país que grita,
Num poema: uma prece, um lamento;

Sou onda que se agiganta,
Na imensidão do mar,
Quando escuto: amigo canta,
Lanço-me num fado a cantar;

Sou Serra guardando segredos,
Bosque de histórias e contos,
Desprezando mentiras, enredos,
Abraçando o mundo aos poucos;

Sou chama do Sol de Verão,
Nuvem escura a desabar,
Um misto de emoção,
Ao partir e ao chegar;

Sou do tempo, intemporal,
No espaço, esqueço a morada,
Um viajante imortal,
Uma alma apaixonada.

Luís da Mota Filipe


O Amor de Poesia

Apaixonei-me por uma menina
Simpática, bonita e divertida
É o meu amor de Verão
Sem ela não tenho vida.

Tem uns lindos olhos castanhos
E um sorriso deslumbrante
Corria por ela sete mares
Como os heróis no tempo do Infante.

É muito, mas muito engraçada
No desenho é uma perita
Bem-disposta e bem arranjada
Anda sempre muito catita.

O meu sonho quem me dera
Era que ela gostasse de mim
Mas só com magia de fadas
E com pós de perlimpimpim.

Por enquanto é só um sonho
Que é difícil de realizar
É preciso empenho e força
E que o amor ande no ar.

Com as notas deste poema
Conquistá-la-ei um dia
Toco-as todas as noites
Com amor de poesia.


João Pedro dos Santos Marques

Mãe

Tão cedo me deixaste
Era eu tão pequenino
Nem sequer te conheci
E não tive o teu carinho.
O teu calor senti
Que falta me fizeste
Para tudo me ensinar
Nas tristezas sofrer
E nas alegrias festejar
Mãe, que tristeza por te perder.

Um lindo neto te dei
E não o conheceste
Tantas lágrimas que chorei
Vendo nele o que fui
Sendo agora o que sou
De ti me lembrei.

A ti, Mãe, tudo eu deve
Pois do teu ventre brotei
E do teu sangue eu tenho
Minha Mãe, o que por ti já chorei.

Dizem que eras tão nobre
Com um grande coração
Partiste muito nova
E Deus te compensou
Para o céu Te levou
Onde estás sem sofrer
Arranja-me lá um lugar bem juntinho ao teu lado
Mãe, um dia te irei ver.

Domingos Miranda Ferreira

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